segunda-feira, 4 de abril de 2011

Entrevista sobre o 3D, com Max Leonardo da Triarts

Boa noite pessoal, como dito no post anterior, estou produzindo uma matéria para o jornal da faculdade.

Em breve vou postar a matéria na íntegra, mas por enquanto deixo com vocês a entrevista feita com Max Leonardo – Responsável pelo planejamento e produtor executivo dos projetos 3D da Triarts.









1) O que é exatamente esse 3D que vemos nos filmes e nas fotografias?

O 3D que vemos nos filmes e nas fotografias são 2 (duas) diferentes técnicas envolvidas na exibição . Nas fotografias o método mais comum é o anagliph ou anaglifo onde se utiliza óculos red/ cyan. Nos filmes a tecnologia empregada é o sistema polarizado.


2) Como você vê a evolução do 3D?

Trabalho diretamente com estereoscopia há quase 10 anos e a evolução desta vez veio pra ficar, isto é, o 3D comercialmente evolui a partir de agora nos meios de comunicação e tecnologia.


3) Como funciona o tratamento de imagens, no caso da conversão de uma foto 2D para 3D?

Basicamente há 2 processos de manipulação: a manipulação mais utilizada no mercado editorial é o processo anaglifo, onde se visualiza a imagem com óculos red/ cyan. Manipulamos a imagem de acordo com o volume e plano de cada arte. Separamos os layers com mais relevo e dividimos para os 2 olhos, isto é, geramos pares para cada layer separadamente, depois finalizamos com testes específicos.


4) No que o desenvolvimento tecnológico ajudou para a disseminação do 3D, tanto para a produção de conteúdo quanto para a exibição em diferentes meios?

O 3D surgiu no século XIX utilizando ilustrações para gerar profundidade e relevos a partir de antigos aparelhos de visualização 3D chamados estereoscópio. Aproximadamente na década de 40 os primeiros filmes foram produzidos em anaglifo, gerando o primeiro grande boom da mídia estereoscópica. O desenvolvimento principalmente nos cinemas inicialmente com as salas Imax espalhadas pelo mundo e posteriormente com salas adaptadas para exibição polarizada. Hoje é a vez das TVs 3D para uso residencial.


5) De que forma você vê a iniciativa de revistas em desenvolver conteúdo 3D para o meio impresso?


O mercado editorial se adequou perfeitamente ao uso do 3D. Pra se ter uma breve noção, em 2010 dezenas de publicações e jornais de todo o Brasil lançaram cadernos e editoriais 3D para acompanhar o sucesso do tema.


6) Como foi participar da edição 3D da revista Playboy em setembro de 2010, no que essa edição se diferenciou das outras?

Produzimos os óculos 3D para a revista Playboy. Foi a primeira edição de uma revista masculina de grande porte a oferecer esta oportunidade de enxergar o nú feminino em 3 dimensões. Foi o máximo!


7) Recentemente, a revista Veja experimentou utilizar recursos 3D nos tablets, em uma versão para o Ipad. Essa iniciativa teve uma boa repercussão, seria essa uma nova vertente do 3D que poderia ser bem sucedida comercialmente? Como você vê essa nova estratégia?

Acredito que em breve os tablets e celulares utilizarão telas autoestereoscópicas, não será necessário o uso de óculos 3D. É apenas uma questão de tempo. Max Leonardo – Responsável pelo planejamento e produtor executivo dos projetos 3D da Triarts.


8) De que forma você vê essa onda 3D que está cada vez mais presente no dia-a-dia das discussões e no lazer, tanto no cinema, quanto em investimentos nos aparelhos eletrônicos?

Possuo duas cameras 3D, Aipitek 3D e uma Fuji Finepix W3 3D, ambas produzem imagens estereo e servem p exibição em Tv's 3D. Temos um projetor Acer 3D c/ placas Nvidia que exibem filmes e conteúdo 3D em uma tela de 106pol. com óculos ativos. Todas as fotografias que possam ser feitas a partir de agora deveriam ser feitas em 3D. Fui a um casamento no mês de Fevereiro e toda uma equipe de fotógrafos dispostos a produzir o melhor material não usavam equipamento 3D. Pude registrar mesmo que por lazer algumas imagens em 3D dos noivos e da festa, onde mais tarde os noivos viram as imagens sendo exibidas em 3D e ficaram encantados. Em menos de 1 mês compraram uma TV 3D. Isto é Marketing não?


9) Dessa vez a onda 3D será passageira ou veio para ficar?

Veio pra ficar mesmo. Isto é um fato.


10) O que podemos esperar do futuro em relação ao 3D?

Câmeras e celulares autoestereoscópicos, Tvs e projetores 3D, telas 3D autoestereo, entre outras novas surpresas.


Até+

Nenhum comentário: